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Ação Judicial para Correção de Diferenças Remuneratórias dos Policiais Civis de São Paulo: Passo a Passo

Introdução

Muitos policiais civis em São Paulo enfrentam um problema recorrente: diferenças remuneratórias que afetam diretamente seus vencimentos. Esse tipo de erro, muitas vezes causado pela falta de pagamento de horas extras, adicionais ou até mesmo pela não correção salarial em progressões funcionais, pode gerar grandes prejuízos ao servidor público. Mas você sabia que é possível buscar a correção dessas diferenças por meio de uma ação judicial?

Sendo assim, neste artigo, vamos explicar de forma clara e prática como os policiais civis podem solicitar a correção dessas diferenças, abordando os principais direitos garantidos pela legislação e como um advogado especializado pode ser essencial para o sucesso da ação. Se você é um servidor público da Polícia Civil de São Paulo e acredita que não está recebendo a remuneração correta, este artigo é para você.

O Que São Diferenças Remuneratórias?

Diferenças remuneratórias referem-se a valores que deixaram de ser pagos corretamente ao servidor público. No caso dos policiais civis de São Paulo, essas diferenças podem envolver o não pagamento de adicionais como:

  • Horas Extras: O artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal garante o pagamento de horas extras trabalhadas acima da jornada normal.
  • Adicional Noturno: Policiais que trabalham em horário noturno têm direito a um adicional de no mínimo 20%, conforme o artigo 73 da CLT, aplicado subsidiariamente para servidores públicos.
  • Adicional de Insalubridade e Periculosidade: Reconhecidos no artigo 7º, inciso XXIII, da Constituição Federal e na Lei Complementar Estadual nº 432/85, esses adicionais são devidos a quem trabalha em condições insalubres ou perigosas, como ocorre frequentemente com policiais civis.

A ausência de inclusão desses valores na folha de pagamento pode gerar uma diferença que, acumulada ao longo do tempo, representa uma quantia significativa. Mas como o policial civil pode reivindicar esses valores judicialmente?

Passo a Passo para a Ação Judicial

  1. Reúna Documentação
    O primeiro passo é reunir toda a documentação necessária para comprovar a diferença salarial. Isso inclui:
    • Fichas financeiras: que demonstram os valores pagos ao longo dos anos.
    • Boletins Funcionais: para provar o tempo de serviço, promoções e progressões.
    • Escalas de serviço: para comprovar horários extras ou noturnos trabalhados.
    Esses documentos são essenciais para provar as diferenças e justificar o pedido judicial.
  2. Procure um Advogado Especializado
    O segundo passo é contar com a ajuda de um advogado especializado em direito administrativo e causas de servidores públicos. Um profissional com experiência nesse tipo de ação pode avaliar os documentos, calcular as diferenças devidas e elaborar a melhor estratégia para o seu caso. O acompanhamento especializado é fundamental, pois as ações judiciais envolvendo servidores públicos exigem uma compreensão detalhada da legislação e da jurisprudência.
  3. Petição Inicial: O Ingresso da Ação Judicial
    Com os documentos em mãos e a orientação de um advogado, o próximo passo é o ingresso da ação judicial por meio de uma petição inicial. A petição deve detalhar:
    • O período pelo qual se busca a correção das diferenças remuneratórias.
    • Os fundamentos legais para o pedido (Constituição Federal, Leis Estaduais aplicáveis, e até jurisprudência de casos semelhantes).
    • O valor das diferenças a serem corrigidas.
    Nesse ponto, é importante lembrar da prescrição quinquenal, ou seja, os servidores só podem pleitear diferenças dos últimos cinco anos, conforme estabelecido no Decreto nº 20.910/32.
  4. Tramitação e Audiência
    Após o ingresso da ação, o Estado de São Paulo (réu no processo) será notificado e terá a oportunidade de se manifestar. Em seguida, o juiz pode marcar uma audiência para ouvir as partes e tentar conciliar. Caso a conciliação não seja possível, o processo seguirá para julgamento, onde o juiz avaliará as provas e determinará se há direito ao pagamento das diferenças remuneratórias.
  5. Execução de Sentença
    Se a decisão for favorável, o Estado terá que pagar as diferenças reconhecidas pela Justiça. O valor pode ser pago via precatório (para quantias maiores) ou requisição de pequeno valor (RPV), no caso de valores abaixo de 60 salários mínimos.

Principais Direitos Garantidos pela Legislação

Como já mencionado, as principais fontes de direito para essas ações são:

  • Constituição Federal, que assegura o pagamento de horas extras, adicional noturno, e adicionais de insalubridade e periculosidade.
  • Leis Estaduais, como a Lei Complementar Estadual nº 432/85, que regula adicionais para servidores públicos do Estado de São Paulo.
  • Jurisprudência: Decisões judiciais recentes têm reconhecido o direito dos policiais civis à correção de remunerações quando ficam comprovadas diferenças salariais.

A Importância de Um Advogado Especializado

Um dos grandes desafios nesse tipo de ação é a complexidade das questões envolvidas. O cálculo correto das diferenças, a análise das fichas financeiras e o entendimento das leis específicas que regulamentam os direitos dos servidores públicos são fundamentais para que a ação tenha êxito. Um advogado especializado será capaz de manejar todos esses aspectos, garantindo que os direitos do policial civil sejam reconhecidos.

Além disso, cada caso tem suas particularidades, como promoções não computadas, adicionais de função e diferentes bases de cálculo que podem influenciar o resultado da ação.

Conclusão

A correção das diferenças remuneratórias é um direito de todo policial civil de São Paulo que teve seu salário reduzido por erros no pagamento de horas extras, adicionais e progressões funcionais. Seguindo os passos adequados e com o acompanhamento de um advogado especializado, é possível garantir que esses valores sejam pagos de forma justa, corrigindo anos de defasagem salarial.

Portanto, se você é policial civil e acredita que não está recebendo a remuneração correta, não hesite em buscar orientação jurídica. Entre em contato com um advogado e inicie o processo de recuperação de seus direitos.

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Com base em 106 avaliações
Saturnino Marcos
Saturnino Marcos
27/12/2023
Ótima!
Luiz Claudio Machado
Luiz Claudio Machado
08/11/2023
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Thais Silva
Thais Silva
06/11/2023
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Adailton Eleutério
Adailton Eleutério
06/11/2023
Parabéns pela competência, profissionalismo e dedicação.
Brenda Silvinha
Brenda Silvinha
06/11/2023
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Kelly Cristina
Kelly Cristina
28/10/2023
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Marcos Heringer
Marcos Heringer
25/10/2023
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Douglas Cabido
Douglas Cabido
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Thiago Gonçalves de Souza
Thiago Gonçalves de Souza
29/08/2023
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Thiago Coutinho
Thiago Coutinho
29/08/2023
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