Perdeu o prazo, perdeu o jogo: a sagrada arte de ser diligente na Advocacia
O perigo dos prazos na justiça
A ciência do Direito é, sem dúvida, uma das mais profundas e detalhadas dentre as áreas do conhecimento humano. Contudo, em meio a tantos artigos, parágrafos, leis e jurisprudências, destaca-se uma particularidade que não se escreve em códigos, mas sim no tempo: os prazos processuais.
A jurisprudência brasileira é pontuada por casos onde a falta de observância de prazos resultou em perdas substanciais. Afinal, para além de meras datas no calendário, os prazos no contexto jurídico delimitam fases cruciais, podendo ser, em muitas situações, preclusivos. Ou seja, se perdidos, podem não ser recuperados, levando a perda de uma oportunidade única no processo.
No Código de Processo Civil (CPC), em diversos artigos, a ênfase na observância dos prazos é cristalina. Ignorar um prazo não é apenas um lapso, é um equívoco que pode resultar na extinção do processo, no indeferimento de um pedido ou até mesmo na renúncia tácita de um direito. Assim, quando falamos de prazos, falamos também de responsabilidade, ética e dever jurídico.
Consequências da negligência com prazos
A advocacia, por sua natureza, é uma profissão de confiança. O advogado é depositário não apenas de informações, mas dos anseios, esperanças e direitos de seus clientes. Quando um prazo é perdido, a confiança depositada neste profissional sofre um abalo, muitas vezes irreparável.
Nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado deve agir sempre com zelo e diligência. A negligência quanto aos prazos pode ser interpretada como violação deste dever, podendo resultar, inclusive, em sanções disciplinares ao profissional.
Os impactos, contudo, vão além do mundo jurídico. O cliente, por sua vez, pode ver-se privado de um direito, enfrentar prejuízos financeiros, ou até mesmo ser levado a situações de injustiça puramente por conta da inobservância de uma data.
No universo jurídico, existe um ditado popular que diz: “O Direito não socorre aos que dormem”. Isso reflete a realidade de muitos profissionais que, seja por desorganização ou sobrecarga, acabam deixando tudo para a última hora. No entanto, esta abordagem reativa, em vez de proativa, é repleta de riscos. A jurisprudência está repleta de casos em que ações foram julgadas improcedentes ou recursos negados meramente pelo desrespeito aos prazos estabelecidos.
A importância de um especialista ao seu lado
No complexo emaranhado de datas, petições e estratégias, um advogado especializado torna-se não só desejável, mas essencial. Afinal, é ele quem conhece as armadilhas e os atalhos do sistema, e é ele quem pode garantir que cada prazo seja cumprido à risca.
A especialização permite ao advogado não só conhecer os prazos, mas entender sua relevância, seu contexto e as consequências de sua inobservância. Além disso, a experiência de um advogado especialista proporciona a confiança de que cada ação tomada no processo será embasada em um profundo conhecimento técnico e prático.
Não deixe o tempo jogar contra você
Se você está envolvido em um processo judicial, a escolha de um advogado diligente, especializado e comprometido é crucial. Cada dia, cada hora, cada minuto contam. Garanta que seu representante legal entenda a sagrada arte da advocacia e a importância de cada tic-tac do relógio. Escolha sabiamente, afinal, no jogo da justiça, o tempo é um jogador que nunca pausa.
Conclusão: A Inalienável Relação entre Tempo e Justiça
Ao longo da história jurídica, temos visto que a justiça não se desvincula da temporalidade. Aliás, pode-se dizer que o direito e o tempo são parceiros intrínsecos na dança complexa da busca pela justiça. Cada prazo perdido, cada data desconsiderada, e cada segundo não aproveitado podem traduzir-se em justiça não realizada, direitos não defendidos e esperanças desfeitas.
O renomado jurista brasileiro, Pontes de Miranda, já dizia que “o processo é uma sequência de atos em um período de tempo”. Esta afirmação reforça o quão interligados estão os conceitos de justiça e temporalidade. A lei, por si só, é estática, mas o processo é dinâmico, e essa dinâmica é ritmada pelo tempo.
É fácil compreender, portanto, a gravidade de não se respeitar os prazos em meio a esta dança. Se um músico erra o tempo em uma sinfonia, a harmonia é quebrada; da mesma forma, um advogado que não respeita os prazos quebra a harmonia do processo, podendo comprometer todo o resultado final.
Por fim, a lição que se extrai é clara e ressonante: na vastidão do universo jurídico, onde leis, doutrinas e jurisprudências se entrelaçam, o tempo se estabelece como um dos pilares fundamentais. Ignorá-lo ou negligenciá-lo é não apenas um erro técnico, mas uma falha ética e moral. Para todos aqueles envolvidos, desde o cidadão comum ao mais renomado dos juristas, a mensagem é cristalina: respeitar o tempo é respeitar a justiça, e na busca pela verdadeira justiça, cada segundo conta.
Assista ao nosso vídeo sobre o assunto: